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BCTRIMS Informa: A OMS inclui pela primeira vez medicamentos para EM na lista de...

O que é?

Esta é uma doença autoimune que atinge o sistema nervoso. Ela foi reconhecida pelos médicos e cientistas pela primeira vez apenas ao longo dos últimos 10 a 15 anos. Antes disso, ela era confundida com a esclerose múltipla ou com outras doenças que tem sintomas parecidos.

Qual é a causa?

A doença acontece devido a uma desregulação do sistema imunológico, que por motivos ainda incertos acaba produzindo um anticorpo (chamado anti-MOG) que ataca o sistema nervoso. O resultado desse ataque é o aparecimento de inflamação nos nervos ópticos, na medula espinhal e/ou no cérebro.

Quem pode ser afetado?

Essa doença pode acontecer em qualquer momento da vida, desde a infância até a velhice. Ela pode afetar homens e mulheres de qualquer origem racial ou étnica, em qualquer local do mundo.

Quais são os sintomas?

Os sintomas dependem da parte do sistema nervoso afetada pela inflamação:
  • Nervos ópticos (neurite óptica): visão turva, embaçada ou escura, com dor ao movimentar o olho, podendo acontecer apenas em um lado ou nos dois lados ao mesmo tempo.
  • Medula espinhal (mielite transversa): fraqueza (inclusive com dificuldade para caminhar), formigamento, dormência ou outras sensações anormais, podendo ser apenas nas pernas ou também em outras partes do corpo, ou ainda dificuldades em controlar a bexiga ou o intestino.
  • Cérebro (ADEM ou encefalite): sonolência excessiva, agitação, confusão mental, alterações do comportamento, dificuldades de linguagem, dificuldades de raciocínio, crises epilépticas.
  • Esses sintomas acontecem na forma de ?surtos?, que duram dias ou semanas, e podem se resolver por completo ou deixar alguma sequela. Algumas pessoas sofrem apenas um surto ao longo da vida, e outras podem ter mais de um surto (inclusive de tipos diferentes).
Como se faz o diagnóstico?

Além da entrevista e do exame físico feitos pelo neurologista, a investigação inicial costuma incluir exames de sangue, ressonância magnética e análise do líquor (material colhido através da punção lombar). O diagnóstico definitivo depende da detecção do anticorpo anti-MOG no sangue.
Quais são os tratamentos?

  1. Tratamento do surto: logo que o surto acontece, seu médico pode recomendar uma pulsoterapia com corticoide (geralmente injetado na veia, ao longo de 3 a 7 dias), imunoglobulina (também injetada na veia, por 2 a 5 dias) ou plasmaférese (uma espécie de filtragem do sangue, com 5 a 7 sessões) para diminuir a inflamação e acelerar a recuperação do surto.
  2. Tratamento de manutenção: dependendo do caso, seu médico pode recomendar que você faça um tratamento contínuo ou periódico para prevenir o aparecimento de novos surtos. Geralmente isso é feito com medicamentos imunossupressores, como prednisona, azatioprina, micofenolato ou rituximabe.
  3. Tratamento dos sintomas: durante o surto, ou se o surto deixar sequelas, seu médico pode recomendar medidas para aliviar os sintomas e favorecer a recuperação, como fisioterapia, sondagem urinária ou medicamentos para dor, rigidez muscular, incontinência urinária, etc.

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